Foto: Dandara Flores Aranguiz (Diário)
Militantes favoráveis e contrários à visita de Lula provocaram tumulto na Câmara e sessão de quinta-feira teve que ser encerrada sem votação
A Câmara de Vereadores vai distribuir senhas para a sessão de terça-feira, quando será votada a moção de repúdio ao PT pela visita do ex-presidente Lula à cidade, que ocorrerá no mesmo dia. O esquema de segurança será reforçado com todo o efetivo da Casa. A Guarda Municipal e a Brigada Militar também foram comunicadas.
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A medida, segundo o presidente da Casa, Alexandre Vargas (PRB), é para evitar tumultos como o que ocorreu na quinta-feira, quando a sessão plenária foi encerrada por questão de segurança. Militantes contrários e a favor da caravana lulista à cidade quase entraram em confronto e não deixaram ninguém falar.
A preocupação aumenta na medida em que são esperadas muitas pessoas de fora para apoiar Lula. E a tendência é o PT querer lotar novamente a sessão, sem contar que os adversários também farão o mesmo.
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Segundo Alexandre, a Câmara vai distribuir o mesmo número de credenciais para os apoiadores de Lula e para os que pretendem apoiar a moção.
A presidente municipal do PT, Helen Cabral, diz que não se responsabiliza por atos da militância que estará na cidade.
- Não quero colocar terror nem fazer ameaças, mas vem gente de fora, até de outros países. A imprensa internacional estará na cidade acompanhando a caravana - ressalta a petista.
Protesto contra Lula, tumulto e constrangimentos
Na caravana de Lula também virão a ex-presidente Dilma Rousseff; os senadores Paulo Paim, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, e Lindebergh Farias, líder do partido no Senado; e o ex-governador Olívio Dutra, entre outros. Às 14h, Lula estará na UFSM, na reunião com reitores, e a partir das 17h, no Bairro Nova Santa Marta, onde será realizado um ato em defesa de sua candidatura a presidente.
Nesse intervalo, a tendência é que a militância vá em peso à Câmara, assim como é provável que grupos contrários a Lula também organizem protestos. Com os ânimos acirrados de ambos os lados, a Câmara não quer correr riscos.
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Por outro lado, se em Porto Alegre, quando Lula foi julgado e condenado, não houve quebra-quebra, como muitos temiam, aqui também não deverá ocorrer nenhum confronto.